quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

JOANA D'ARC - A RE-VOLTA : Christiane Torloni desmistifica o "mito"!

Joana Dark – a Re-volta

Christiane Torloni encarna com garra a heroína feminista

Christiane Torloni desmistifica Joana Darc.



Com uma carreira montada na trilha de mulheres marcantes, a atriz agora vai à França do século 15 para morrer na fogueira em peça da americana Caroline Gage
Assim, na fogueira, acabaram muitas mulheres lascivas e sensuais tachadas de bruxas pela Inquisição. E assim acabou, na França do século 15, Joana d'Arc: aos 13 anos ouviu vozes do arcanjo São Miguel e das santas Margarida e Catarina incumbindo-a de salvar a França, aos 16 convenceu o rei Carlos VII a entregar-lhe a direção do Exército francês para libertar o país das mãos dos ingleses, aos 19 era traída, vendida aos inimigos e queimada em Rouen. Nessa fogueira, Christiane está prestes a entrar.

Ela vive Joana d'Arc no palco na peça escrita pela americana Caroline Gage, traduzida por Maria Adelaide Amaral e dirigida por José Possi Neto. Nos Estados Unidos, encenada pela própria autora, foi um tremendo sucesso.
Christiane na pele de Joana D’Arc: cenas de cabeça para baixo e forma física impecável !

Christiane Torloni encarnou Joana D’Arc, no teatro brasileiro, um dos ícones feministas que já foi tema de Shakespeare, Voltaire, Walter Scott e Alexandre Dumas. Em Joana Dark – a Re-volta, direção de José Possi Neto, a atriz coloca em cena a mártir francesa dissecada sob a ótica feminina contemporânea. Torloni caminha o tempo inteiro no fio da navalha. Trata-se de um texto longo, rebuscado e com humor britânico, apesar da peça ter sido escrita originalmente pela premiada norte-americana Carolyn Gage. A história foi montada a partir da pesquisa de registros originais dos processos de julgamento de Joana D’Arc.

Torloni mostra em cena que é capaz de desancar a imagem de atriz de televisão, aquele tipo que é mais industrial e menos dramático. Traz ao palco, num só fôlego, um texto que mais parece um tratado feminista editado nos anos 60, época da queima de sutiãs em praça pública. Mas a co-autora, a tarimbada Maria Adelaide Amaral, bem que tentou amenizar a tinta feminista de Gage. Mesmo assim, a peça pende em vários momentos para o duelo extremo entre os sexos, aquele que coloca os homens como vilões, sempre. A mártir é apresentada com espírito sarcástico embalado em frases fortes, como a definição da puberdade feminina como o momento em que a mulher “passou a viver num corpo que se transformou em propriedade pública”.

A atriz mostra ainda que sua forma física está impecável. Torloni pula, fica pendurada de cabeça para baixo e se enrola em cordas como uma trapezista de primeira linha. Suas estripulias ficam, às vezes, desconectadas das coreografias apresentadas pelos atores-bailarinos. Mas não chega a atrapalhar sua performance no palco. Joana Dark – a Re-volta pode ser vista como uma nostálgica interpretação engajada, extirpada dos folhetins contemporâneos. Mas nem a mais xiita das mulheres vai conseguir saborear o texto muito além dessa ótica.

Um espetaculo bem longo, mas que prende a atencao do espectador o tempo todo, com a grande interpretacao de Christiane Torloni, uma Joana D'Arc que mistura passado com presente. Simplesmente fantastica! O espectador fica "envolvido" por toda a historia dessa fantastica heroina francesa, contada por uma visao moderna, sem fugir de seu passado.



Um dos trabalhos de maior expressão de Torloni no teatro foi essa montagem de Joana Darc A Re - Volta, com direção de José Possi Neto. A Joana é apresentada sob a ótica feminina contemporânea e a história foi montada a partir da pesquisa de registros originais dos processos de julgamento de Joana Dar'c.

Trata-se de uma das encenações mais performáticas de Torloni, pois lhe exigiu uma forma física impecável: ela pula,fica pendurada de cabeça para baixo e se enrola em cordas como uma verdadeira trapezista.
Sem contar as entradas no palco em cima de motos possantes.

Esta montagem demonstra a ousadia de Torloni, dando continuidade ao que ela chama de teatro físico, uma verdadeira ginástica em pleno palco.A sua interpretação de Joana transmite ao público um olhar bastante crítico das condições de submissão a que a mulher estava submetida na época, e a Joana de Torloni é revolucionária, revoltada e luta contra essa opressão. A peça trata da força e da garra de uma mulher que se destacou por ser diferente da mulher convencional de sua época. Afinal, uma mulher que chefiou um exército, saiu da casa dos pais e se vestia como homem, além de dizer que ouvia vozes era uma verdadeira ameaça aos paradigmas dominantes, o que levou Joana a ser condenada como louca.



A peça contou com várias cenas marcantes, entre elas, a que Joana é estrupada, na qual Torloni consegue, com grande competência, passar a dor e a revolta da personagem naquela situação de extrema humilhação.

Joana era um mulher forte, guerreira e nem sob torturas, das mais hediondas, ela perdeu a força do seu olhar, olhar este que inspirava esperança e vontade de vencer.
Joana ficará marcada na carreira de Christiane, como também ficará marcada na história do teatro. e no coração dos fãs. Isso sem esquecer a peca de Oscar Wilde, "Salomé", símbolo da mulher ultrajada que exigiu na bandeja a cabeça do objeto de seu desejo em que Christiane Torloni tambem dah um show mostrando todo o seu talento.

JOANA DARK - A RE-VOLTA, adaptação de Maria Adelaide Amaral e Rodrigo Amaral para texto de Carolyn Cage. Tragicomédia. A dramaturga americana elaborou a trama com base nos registros originais dos processos de julgamento e reabilitação de Joana d'Arc. Presa numa gaiola, Christiane Torloni interpreta a personagem, que conta sua saga sob um novo ponto de vista, traçando um paralelo com a situação da mulher hoje. Direção de José Possi Neto



A história de Joana d'Arc sempre deu ibope no cinema, no teatro, na literatura. Shakespeare, Jean Anouilh, Mark Twain, Bernard Shaw, Bertolt Brecht, Anatole France, Paul Claudel apresentaram Joana em forma de oratório, de versão contemporânea, de biografia ao pé da letra, de bandeira política socialista, de criação visionária ou poema de cavaleiros medievais. Nas telas a virgem herética foi grande produção em 12 quadros de Georges Meliès, superprodução épica de Cecil B. DeMille, clássica na sua paixão retratada por Carl Dreyer, famosa nas mãos de Roberto Rosselini e Robert Bresson e com características hollywoodianas na versão de Otto Preminger.

Christiane Torloni escolheu a santa e feiticeira Joana d'Arc, cujas cinzas e coração foram atirados ao Sena. Christiane tem talento, bom faro e sabe o que faz. Mesmo sabendo da responsabilidade de ser Joana d'Arc: esse papel já foi de Marie Falconetti, Ingrid Bergman, Jean Seberg, Hedy Lamarr, Geraldine Farrar e, no Brasil, de Maria Della Costa em O Canto da Cotovia, de Anouilh. Foi uma grande responsabilidade, mas Christiane se saiu muitissimo bem, grandiosa!

Joana d´Arc

A França era um país curvado ao poderio inglês. Não era propriamente um país como hoje é conhecido e famoso por sua beleza. Constituía-se de vários feudos.

E foi numa aldeia ignorada até então que, em 1412 nasceu uma criança que se tornaria célebre e célebre faria Domremy.

Filha de pobres lavradores, aprendeu a fiar a lã junto com sua mãe e guardava o rebanho de ovelhas. Teve três irmãos e uma irmã. Não aprendeu a ler, nem a escrever, pois cedo o trabalho lhe absorveu as horas.

A aldeia era bastante afastada e os rumores da guerra demoravam a chegar. Finalmente, um dia, Joana d'Arc tomou contato com os horrores da guerra, quando as tropas inglesas se aproximaram e toda a família precisou fugir e se esconder.

Aos 12 anos começou a ter visões. Era um dia de verão, ao meio-dia. Joana orava no jardim próximo à sua casa, quando escutou uma voz que lhe dizia para ter confiança no Senhor. A figura que ela divisou, identificou como sendo a do arcanjo São Miguel. As duas mensageiras espirituais que o acompanhavam , como Catarina e Margarida, santas conforme a Igreja que ela freqüentava.

Eles lhe falam da situação do país e lhe revelam a missão. Ela deve ir em socorro do Delfim e coroá-lo rei de França.



Joana D'Arc, biografia e fotos




Durante 4 anos , ela hesitou e a história de suas visões começou a se espalhar. Ao alvorecer de um dia de inverno, ela se levanta. Está decidida. Prepara uma ligeira bagagem, um embrulhozinho, um bastão de viagem, murmura adeus aos seus pais e parte. Nunca mais aquela aldeia da Lorena a verá. E se apresenta a Igreja, aprende a conviver com homens nos campos de batalha, e a manejar a espada.

O objetivo era provar que Joana era uma enviada do demônio. Consequentemente, se desmoralizaria o rei Carlos VII. Afinal, que espécie de rei era aquele que se deixara enganar por uma bruxa ?

Durante 6 meses ela é submetida a uma verdadeira tortura moral. Os interrogatórios são longos , cansativos. Finalmente, a execução se dá na praça central de Roeun, no dia 30 de maio de 1431.

Seu cabelo foi raspado e, por temerem a reação do povo, 120 homens armados a escoltam até o local. Ela é atada a um poste e a fogueira é acesa.

Quando as chamas a envolvem e lhe mordem as carnes, ela exclama: "Sim, minhas vozes eram de Deus! Minhas vozes não me enganaram."

Era a prova inequívoca da mediunidade que lhe guiara a trajetória terrena.



No capítulo XXXI de O livro dos médiuns, vindo a lume no ano de 1861, quando o Codificador reúne Dissertações Espíritas, confere à de Joana D'Arc o número 12, onde ela se dirige aos médiuns, em especial, concitando-os ao exercício do mediunato.

Recomenda-lhes, ainda, que confiem em seu anjo guardião e que lutem contra o escolho da mediunidade que é o orgulho.

Conselhos que ela, em sua vida terrena , na qualidade de médium, muito bem seguira.
Movida por uma fé inquebrantável, Joana d'Arc contribuiu de forma decisiva para mudar o rumo da guerra dos cem anos, entre a França e a Inglaterra.

Joana d'Arc nasceu em Domrémy, na região francesa do Barrois, em 6 de janeiro de 1412. Filha de camponeses, desde pequena distinguiu-se por sua índole piedosa e devota. Aos 13 anos, declarou que podia ouvir a voz de Deus, que a exortava a ser boa e a cumprir os deveres cristãos. A mesma voz ordenou-lhe depois que libertasse a cidade de Orléans do jugo inglês. Afirmou ainda ter visto o arcanjo são Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, cujas vozes ouvia.



Quando as lutas entre franceses e ingleses se aproximaram do Barrois, Joana d'Arc não retardou por mais tempo o cumprimento das ordens sobrenaturais. Partiu de sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava o rei da França, Carlos VII, então escarnecido como "rei de Bourges" em alusão às reduzidas proporções de seus domínios.

O país estava quase todo em mãos dos ingleses. Os borgonheses, seus aliados, com a cumplicidade de Isabel da Baviera, entregaram a nação ao domínio britânico, pelo Tratado de Troyes. Inspirada por extraordinário patriotismo, Joana comunicou ao rei a insólita missão que recebera de Deus. Nesse encontro, em março de 1428, assombrou a todos pela segurança com que se dirigiu ao rei, que lhe entregou o comando de um pequeno exército para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. No caminho, a atitude heróica da humilde camponesa atraiu adesões para as tropas que comandava.



Ingrid Bergman, a grande e super talentosa atriz sueca, no filme "Joana D'Arc". Belissimo filme, extraordinaria interpretacao de Ingrid Bergman.

Chegando a Orléans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, fortalecido pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. O feito glorioso de Joana d'Arc, pelo qual foi cognominada a Virgem de Orléans, aumentou seu prestígio, mesmo entre os soldados inimigos, e alimentou a crença em seu poder sobrenatural. A coragem da heroína realizou efetivamente o milagre de erguer o espírito abatido da França. Um sopro cívico perpassou pela nação.

Joana d'Arc, porém, ambicionava nova missão: levar o rei Carlos VII para ser sagrado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa, o que ocorreu em 17 de julho de 1429. Na tentativa que se seguiu da retomada de Paris, a heroína foi ferida, o que contribuiu para aumentar o patriotismo de seus conterrâneos.



No ataque que empreendeu a Compiègne, em maio de 1430, Joana foi aprisionada pelos borgonheses. Em lugar de executá-la sumariamente, como poderiam ter feito, preferiram planejar uma forma de privá-la da auréola de santa por meio da condenação por um tribunal espiritual. No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de heroína, Joana d'Arc não encontrou apoio por parte do rei.



Joana D'Arc, trailer do filme de Jean Luc Bresson, com Milla Jovovich, Dustin Hoffman, Faye Dunaway.




Em junho, o bispo Pierre Cauchon surgiu no acampamento de João de Luxemburgo, onde se encontrava a prisioneira, e conseguiu que ela fosse vendida aos ingleses. Ambicioso, desejando obter o bispado de Rouen, então vago, Cauchon faria tudo para agradar aos donos do poder. Sem direito a defensor, confinada numa prisão laica e guardada por carcereiros ingleses, Joana d'Arc foi submetida por Cauchon a um processo por heresia, mas enfrentou os juízes com grande serenidade, como revela o texto do processo.



Outro trailer diferente, do filme "Joana D'Arc" , de Jean Luc Bresson, e tendo no elenco Milla Jovovich, Dustin Hoffman, Faye Dunaway, entre outros.




Para transformar a pena de morte em prisão perpétua, assinou uma abjuração em que prometia, entre outras coisas, não mais vestir roupas masculinas, como forma de demonstrar sua subordinação à igreja. Dias depois, por vontade própria ou por imposição dos carcereiros ingleses, voltou a envergar roupas masculinas. Condenada à fogueira por heresia, foi supliciada publicamente na praça do Mercado Vermelho, em Rouen, em 30 de maio de 1431. Seu sacrifício despertou novas energias no povo francês, que finalmente expulsou os ingleses de Calais. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento V.



Joana D'Arc, o filme, dirigido por Luc Bresson, e interpretado por Milla Jovovich, Dustin Hoffman, Faye Dunaway, e outros.

Com esse espetaculo (como tambem "Salome"), La Torloni mostra que eh uma das mais talentosas e melhores atrizes do Brasil. Joana D'Arc eh um espetaculo maravilhoso, fantastico! Joana D'Arc eh um personagem "forte", como tambem demonstra ser Christiane Torloni, maravilhosa!


Fontes: Joana D'Arc, médium - Léon Denis; Grandes personagens da História Universal, vol. 2 ; Neuza Sanches

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